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Sustentabilidade26/06/2015

Linha do BNDES e desacoplamento tarifário podem acelerar projetos de eficiência

Brasil – Para acelerar o ritmo de projetos de eficiência energética no Brasil, ainda limitados por muitas dificuldades de acesso a financiamento, as escos tentam manter as esperanças com algumas medidas com promessa de ocorrer a médio prazo.

Segundo o presidente da Abesco, Rodrigo Aguiar, apara começar as ações envolvem uma nova linha do BNDES, que será apresentada ao mercado em aproximadamente dois meses e que visa financiar projetos de prestações de serviços de eficiência energética. “Será nos moldes do Finame, que é voltado a equipamentos, com custo financeiro similar”, diz.

A linha, dentro do produto BNDES Soluções Tecnológicas, tem o mérito de aliviar o balanço financeiro dos tomadores de empréstimos, já que o financiado não será um ativo a ser contabilizado.

Outra “esperança” da Abesco decorre da boa receptividade que a Aneel demonstrou recentemente em fórum sobre eficiência energética da agência, em Brasília, em criar um novo modelo tarifário para o país, que favoreça o interesse das distribuidoras em investir em eficiência energética, adotando a política regulatória de desacoplamento tarifário.

Isso porque hoje, explica Aguiar, as concessionárias, ao aplicarem os recursos do PEE, não têm retorno sobre os ganhos de economia obtidos nos projetos. “Para elas é um simples cumprimento de lei, distribuindo lâmpadas e chuveiros, porque na verdade quanto menos se consome menor a sua receita”, diz.

O desinteresse se explica porque, quando se reduz a demanda, os investimentos são postergados e evita-se o crescimento da base de remuneração, reduzindo as tarifas. Além disso, quando ser reduz o consumo e as vendas, a base de remuneração de O&M (operação e manutenção) também é reduzida.

Para desacoplar as tarifas finais das vendas, a primeira solução é considerar os investimentos em redução de demanda como de investimentos de capacidade, o que os tornariam elegíveis para serem considerados na base de remuneração das concessionárias.

O segundo é manter na tarifa a base de remuneração de O&M correspondente às reduções de consumo conseguidas nos clientes, para que as empresas capturem a rentabilidade sobre o investimento de eficiência.

“Essa é a única maneira de fazer o programa de eficiência rodar com resultados“, finaliza Aguiar, que revela ter notado o interesse da Aneel em rever o modelo.

Fonte: Brasil Energia – 18.06.2015

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